CLICK HERE FOR ENGLISH VERSION – POR FERNANDA PRATS, PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BLOG DE JULIANA ALI
Durante meu mês em Hanoi, percebi nos vietnamitas uma atitude muito saudável com relação ao próprio estilo– se vestem como querem, valorizam o que fica bem no corpo e não estão nem aí para o que os outros vão pensar.
Influências, tendências, particularidades? Claro que tem. Vem ver…
A antiga geração, reminiscente da era do líder comunista Ho Chi Mihn, normalmente é mais desencanada com relação à moda. Algumas mulheres ainda saem pela rua, vão às compras, buscam o filho na escola, etc… DE PIJAMA. Já o tradicional chapéu pontudo de vietcongue fica restrito aos vendedores e turistas.

A “atualização” do estilo vai no sentido oposto: garotas pilotando suas motinhos em looks ladylike… DE SALTO ALTO.

A vontade de parecerem mais altas é justificativa recorrente para isso, mas elas curtem mesmo realçar o biótipo mignon com feminilidade (e adoram os tons de rosa).

Um detalhe curioso: em vez de bater perna para olhar as vitrines, elas diminuem a velocidade em frente às lojas e só descem da moto se algo interessa. Sem descer do salto!
E sabe aquela máscara que os asiáticos costumam usar no rosto? Até isso se adapta à personalidade de cada um. Com diversas opções de cores e estampas disponíveis, dá para compor melhor com a roupa. Além disso, a versão vietnamita parece mais delicada porque é ajustável ao nariz.
Os homens também gostam de tudo justo, com cortes que lembram a alfaiataria italiana e sapatos de bico fino. Com tanta oferta de roupas sob medida no país, fica fácil conseguir esses looks arrumadinhos.

Mesmo assim as grifes ocidentais são objeto de desejo – a alvo de falsificações. Outras influências internacionais vêm da moda coreana e japonesa.
As Jaquetas acolchoadas, tipo duduna, são preferência geral. Elas fazem parte do kit-scooter e no inverno parece que cada habitante tem a sua.

Uma certa inspiração militar se mantém desde os tempos do comunismo: conjuntos tipo slack para os homens mais velhos, jaquetas e calças camufladas para os jovens e até modelinhos como este da foto abaixo para os meninos — à venda nas feiras e lojas populares:
“O Vietnã mudou muito em poucos anos”, explica a estilista Lê Duyên Huong, que participa do Vietnam Fashion Week.
“Antes as mulheres passavam mais tempo em casa e não se trocavam ao sair para fazer algo pela vizinhança — por isso nem se importam ao serem vistas de pijama ou chinelo. As vietnamitas começaram a se vestir melhor ao entrarem no mercado de trabalho. E isso aumentou a demanda por lojas de moda, além dos tradicionais alfaiates e pequenas confecções”.
Ela conta que até o maior acesso a bens de consumo (como ar condicionado, aquecedor e carro/táxi) influi em suas criações: “Já não foco minhas coleções no clima, procuro entender e atender às necessidades de minhas clientes”.

Fui apresentada à Lê pelo pessoal da LONDON COLLEGE FOR DESIGN AND FASHION.
Foi lá que gravei ESTE VÍDEO e pude aprender um pouco mais sobre o mercado de moda no Vietnã. Ela é diretora criativa da L’ATELIER, que também vende peças de outros designers.
A faculdade e a loja ficam numa região fora do circuito turístico, Tây Hô, que começa a despontar como point de marcas locais, bares e restaurantes descolados.
Outro lugar interessante para ter uma experiência mais autêntica de moda e lifestyle vietnamita é o THE YARD.

No PRATSERIE eu conto (e mostro) mais sobre minhas experiências pessoais no Vietnã e em outros destinos desta viagem… Mas logo, logo, volto aqui pra contar como é que é a moda no Sri Lanka.
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Até o próximo post!
Beijos, Prats