Andar quase 3km nas cavernas neste fds me fez conhecer — e superar — uma porção de medos.
Já nos primeiros 30m tive vontade de desistir.
Me senti sufocada, claustrofóbica, com aquele monte de gente dentro de um túnel.
A guia me assegurou que haveria mais espaço logo à frente. Então segui com meus amigos, mas no fundo eu estava com receio de dar meia volta e ter que encarar um caminho vazio.
A quantidade de pessoas me assustava, a falta delas também.
Durante todo o percurso, o pavor vinha em ondas. Eu acalmava, aí ouvia falar no movimento daa placas tectônicas. Olhava em volta, me sentindo num filme….aí o Indiana Jones de plantão contava sobre as cheias do rio que passava lá embaixo.
E a sensação ruim me inundava novamente.
Tentava focar na minha respiração, dar um passo de cada vez, admirar como as formações pareciam estátuas…
E os morcegos então!
Toda vez que precisávamos parar para ouvir explicações eu queria sair correndo, acabar logo com a tortura.
Vimos as pontes e passagens usadas pelos primeiros exploradores. Pensei em como aquelas pessoas trabalharam ali.
No escuro.
Elas só conheciam, minimamente, o que deixaram para trás. Então porque eu estava avaliando tantos “E SE’s pelo caminho?
Qual a diferença entre o risco de uma tragédia ali ou no metrô?
No fundo, a falta de independência era o que mais me incomodava. Algo que à luz do dia, distraída pela rotina, eu não enxergava tão bem em mim.
A todo momento estamos equilibrando fraquezas e força.
Mas temos que confiar.
E seguir.
Beijos, Prats
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