POR FERNANDA PRATS, PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BLOG J&M DE JULIANA ALI
Imagine tomar seu café da manhã com uma vista destas. Caminhar para o trabalho à sombra de figueiras e eventualmente colher o lanchinho da manhã por ali mesmo. No lugar de prédios e poluição, ar perfumado e o mar transparente convidando para um mergulho a qualquer hora do dia ou da noite – e, se deixar a bolsa na areia ou voltar pela rua enrolada na toalha… Sem problemas!
Assim era meu “vidão” em Cavtat, na Croácia.
Chato, né?
Tive que passar um mês inteiro de alto verão nessa praia europeia por conta do itinerário do REMOTE YEAR. Tudo configurando um clima de férias fashion. Mesmo na cidade mais próxima, Dubrovnik, seria difícil levantar novidades de moda, conhecer influencers ou fotografar gente descolada pelas ruas. Claro que meu olhar detectava alguns detalhes interessantes nos looks dos turistas, mas nada que rendesse um post.
Então virei o foco para o pessoal que trabalhava à minha volta. Ali estavam os melhores exemplos de uma tendência super atual de lifestyle: o nomadismo digital.
Isso eu posso contar para vocês com conhecimento de causa. Quem somos, de onde viemos e com que roupa vamos!
Por conta do tempo perdido com locomoção nas metrópoles, certas empresas começaram a liberar seus funcionários da presença física – principalmente em tarefas ligadas à tecnologia, que poderiam ser feitas sem sair de casa. Com o emprego garantido, a pessoa poderia morar em qualquer lugar do mundo.
Imagens como as que você acaba de ver começaram a pipocar nas redes sociais, inspirando mais gente a adotar o estilo de vida. Aí eu me incluo em dobro, por compartilhar esse sonho de viajar trabalhando/trabalhar viajando e também por espalhar minhas imagens e textos pela web.
Mas, Fernanda, você não vai sobreviver UM ANO só com UMA MALA pra roupa, sapato, acessórios, produtos de beleza, equipamentos, remédios, documentos. De jeito nenhum!! Só que vou sim! Estou conseguindo VIVER assim há quase quatro meses. A cada dia descubro um jeito novo de ser nômade digital, mantendo minha essência e o amor à moda.
Confesso que deixei de lado meu passo-a-passo para arrumação de mala e o resultado não tem nada a ver com o que MOSTREI AQUI ANTES. Primeiro porque o critério de seleção não foi a praticidade. Resolvi desapegar geral e ficar apenas com as coisas que trouxe comigo – simplesmente o que não tive coragem de me desfazer. Sorte que sempre comprei pensando em custo/benefício/conforto. Ainda acho mais fácil fazer styling em modelos, mas agora aplico os truques da profissão em mim mesma.
Estou inventando mil maneiras para aumentar a versatilidade das peças e multiplicar os looks com elas. Dá uma olhada no que andei “aprontando” nesse sentido, e depois me dá sua opinião:
Uma mala, viu? 🙂
Minha nova “tribo” não é tão minimalista ou desencanada como eu imaginava. Eles também conseguem dar um molho às produções – vou mostrar a galera no próximo post, ok?
Beijos, Prats
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