Entreorelhas – Bali

Levanta, sacode a poeira do vulcão e vem dar uma volta em Bali, com direito à trilha sonora.

Prepare-se para ler muitas vezes a palavra SORTE neste post. Ela marca meu mês na ilha mais popular da Indonésia e comprova a fama de que as pessoas voltam mudadas de lá. Afinal, posso resumir minha temporada em Bali dizendo que atualizei meu status de relacionamento com a sorte.

É sério, vem ver!

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O Beijo da Sorte

Sempre digo que a sorte sempre viaja comigo —  e é bem provável que também siga você —  mas nos últimos tempos ela andava sumida. Ou talvez estivesse disfarçada, de chapéu e óculos escuros.

Mesmo quando eu não a reconhecia, ela se fazia presente.

Do avesso.

Porque toda vez que eu me sentia abandonada pela sorte… ela estava, na verdade, me oferecendo outras oportunidades.

Mas você chegou aqui pra ler meu relato, algumas curiosidades sobre Bali e saber que música marcou a temporada, certo?

Então vamos aos mini flashbacks e, com sorte, essa introdução fará mais sentido até o final do post..

A Experiência em Bali

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Dias de agito pelas praias balinesas

Fui recebida no aeroporto de Dempasar por uma amiga que também alterou os planos de viagem por causa das cinzas do vulcão na atmosfera (o que me deu a maior sorte e proporcionou uma estadia 0800 em Singapura).

Largamos as coisas no hotel e já fomos bater perna para explorar o lugar. Só paramos pra apreciar o pôr de sol na praia e tomar um drink com minha futura landlady.

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Antes de fechar esse looongo rolê pela parte mais agitada da ilha de Bali, a gente foi checar o primeiro festival da Harley Davidson na Ásia.

Esculturas de areia, lojinhas de souvenirs, MCs no palco… Em um inglês com sotaque carregado, eles convidavam as pessoas para as atrações. Só que o som vinha com muito eco, pois ainda não havia quase ninguém na plateia. Então começou o show de uma banda sul africana.

E que show!

A cantora, com um estilo largadão de dançar, meio charleston, e a voz sensacional que vocês vão conferir no final do post. O nome da banda? GoodLuck (ou seja, boa sorte).

goodluck-live-at-kirstenbosch-750x400Nos dias seguintes, alugamos uma motinho e fomos conhecer diversas praias de Bali, além de alguns templos. Depois que minha amiga fou embora,  mudei para Ubud —  o trecho mais cultural da ilha.

Morando em Ubud

A casa que aluguei para morar sozinha em Ubud ficava entre um templo e uma área de mata fechada. Por todos os lados, dava para ouvir a hipnotizante bamboo music das celebrações. E eu também escutava algo bem bizarro o tempo todo: o ruído que os geckos emitem.

Tive a sorte de estar naquela região bem na época do Diwali, um festival hindu, mas não curti a “companhia” desses lagartixões chorosos. Sempre amei a natureza, mas não a ponto de relaxar com seres assim dentro da casa…

E ainda nem contei um detalhe: eles ficam observando a gente!

Já imaginou você deitando para dormir e vendo uma cabecinha saindo de trás da cortina pra espiar? E outra escondida acima do ventilador de teto? Achei que fosse tranquilizar depois que o zelador capturou esses bichinhos, mas logo vi outros entrando por baixo da porta… Então, passei a noite em claro e me mudei no dia seguinte para um apartamentinho com AC no mesmo condomínio, que ele garantiu ser gecko-free 🙂

Mas calma porque não matamos o animal da foto, ele foi levado de volta para a natureza.

Os balineses veneram o gecko, pois ele traz Sorte. Para mim, o que mais trouxe foi aflição mesmo!

2015-11-17 18.30.05Por um tempo, achei que toda a mística que envolve Ubud era um delírio riponga que ganhou força com o livro Comer, Rezar, Amar.

Só eu me irritava ao ter que andar trechos inteiros entre as motos, por conta das calçadas esburacadas?

E o calorão?

E os moradores locais toda hora oferecendo táxi, massagem e comida de rua?

E os turistas desfilando seus lookinhos Yoga e só falando em Detox?!!

Sim, eu estava amarga.

20151128_103910Mas a sorte finalmente baixou os óculos escuros e piscou pra mim.

De repente, tudo começou a fluir.

E não apenas pelos cafés deliciosos que tomei e passeios bacanas que fiz. Pelo trabalho voluntário que arranjei. Pelas novas companhias e caronas de moto, que me livraram de uma só vez da buraqueira, do calor e do assédio…

2015-11-25 18.09.44Quer uma prova de que realmente entrei em um novo fluxo? Mesmo no dia que minha carteira foi roubada, senti que a sorte continuava comigo.

Ela tomou a forma de uma desconhecida, que me ajudou (inclusive com grana) e acalmou naquele momento. Assim, aprendi a reconhecer a sorte e a não desperdiçar energias sofrendo —  melhor me dedicar à conquista daquilo que sinto falta.

Com foco no que dá para fazer e a fé de que tudo acaba se solucionando.

Ou, como diriam nossas avós, o que não tem remédio, remediado está.

2015-11-11 17.34.22-1Então, fecho o post com GoodLuck…. e good vibes.

Você já deve ter ouvido pelo menos 30 segundos do som deles numa propaganda de bebida que passou no Brasil —  eles tocaram no bis e lembrei na hora, mas não achei o vídeo.

De qualquer forma, o repertório deles é sensacional. Escuta só esta música:

BOA SORTE e até o próximo post…

Beijos, Prats

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