Algumas curiosidades sobre a capital da Malásia e a minha trilha sonora dessa viagem
Mais do que chamar Kuala Lumpur pelo apelido como qualquer outro turista, fui me sentindo cada vez mais íntima de KL durante a minha vivência por lá.
E olha que a cidade entrou para meus planos por acaso, só por ser uma escala comum nos vôos baratos para o Vietnã — para onde eu estava me dirigindo originalmente.
Tive muitos motivos para prolingar a minha estadia por lá, como você vai ver a seguir, incluindo uma experiência na neve em temperatura média de 32 graus.
Então, prepare-se para os mini flashbacks!
KL, I Love You
Durante o mês que passei em Penang com o grupo do Remote Year, muitos dos meus colegas fizeram viagens do tipo bate-volta para Kuala Lumpur.
E eles postaram muitas fotos nas redes sociais, que marcavam bem contraste entre a cidadezinha malaia onde estávamos morando e o visual arrojado da capital da Malásia.

Mas não foi bem isso que me animou a prolongar o stopover.
Eu estava mais interessada em experimentar o estilo de vida #real de KL e uma parte da minha hospedagem seria cortesia de um belo belga que trabalhava em uma construtora e vivia ponte aérea Penang-KL.
Pena que ele não estaria na cidade…
Ainda assim, o clima de sedução continuava no ar enquanto eu explorava Kuala Lumpur. Tanto que a trilha que eu mais ouvia — entreorelhas — é muito sexy. Com uma profusão de sons distintos se encaixando em uma arranjo harmônico, ela traduzia a minha percepção sobre a Kuala Lumpur.
Mas antes de ir pro final do post para descobrir qual é a música, deixa eu te contar o que achei de KL e o que aprontei por lá.
Curiosidades sobre Kuala Lumpur
Vou começar por uma comparação que acho inevitável.
Kuala Lumpur compete com Singapura no investimento em obras modernas de arquitetura e urbanismo. Além das famosas torres gêmeas, há os shopping centers, os trens suspensos, as vias expressas… além de muitos expatriados vivendo lá, por conta desse boom de empregos na área de construção e serviços.
Mas sempre há um componente meio selvagem a nos lembrar que estamos na Malásia.
Digo selvagem de selva mesmo.
Esqueça as árvores importadas e o paisagismo calculado para parecer exuberante do país vizinho. Em KL, a natureza escapa desmedida por entre as construções.
E, ao contrário do que eu disse no post sobre Singapura, o calor não afasta as pessoas das ruas.
Malaios, chineses, indianos e turistas de todas as partes do mundo vivem se esbarrando pelo caminho. E formam pequenas multidões para, por exemplo, ver a neve artificial que era parte da programação de natal do shopping Pavilion.
Turismo 0800
Além das torres Petronas e dos famosos shopping centers, há várias atrações gratuitas na área central de Kuala Lumpur.
Melhor ainda, o trajeto entre elas pode ser feito gratuitamente e com transporte público de qualidade, o GO KL. Cheque o itinerário ou simplesmente pegue o ônibus roxo e desça com a maioria 🙂
Quando ele não para bem em frente às atrações destino, a caminhada é leve.
O Google Maps também funciona super bem na cidade. Só não tente consultar enquanto anda porque o movimento de pessoas é intenso e as calçadas são bloqueadas por motos, displays das lojas, carrinhos de ambulantes…
O pedestre é o último na hierarquia das ruas!
Meus rolês em KL
Eu “mudei de casa” 3 vezes durante a temporada em Kuala Lumpur, pois o ap de meu amigo já tinha algumas datas reservadas no AirBnB.
Na chegada, fiquei em um hotelzinho perto de Chinatown e o antigo mercado.
Depois passei uns dias em um bairro mais afastado, que proporcionava esta vista sensacional a partir da piscina no topo do prédio.
Sem photoshop!
Só contei com meu olhar e sorte, o resto é culpa do horário e do filtro natural que a umidade proporciona.
Um pouco mais tarde, o efeito se perdeu… mas depois teve um banquete de pizza com minhas roommates, uma de cada parte do mundo!

Curti tanto a acolhida em KL que acabei ficando mais tempo na cidade, desta vez perto da torre de TV.
Agora, vamos aos detalhes bizarros…
Você sabe o que é Tetrafobia?
Tetrafobia quer dizer, literalmente, medo do 4. Só para você ter uma ideia de como é isso, imagine que o número não aparecia em nenhum elevador ou porta nos endereços onde estive em KL. Nem 4, nem 14, 24, 34…
O quatro é associado à morte nas culturas orientais e eu já estava brincando com isso nas redes sociais quando uma conhecida aí no Brasil me deu uma bronca por convidar as pessoas a descobrirem “os erros” na foto acima.
Então, ok, não é erro, é tradição. Lição aprendida e compartilhada!
O lugar dos caras
Em uma de minhas caminhadas por KL, num domingo à tarde, notei que só havia homens em uma das ruas.
Estranhei, mas continuei e deixei a curiosidade me guiar mais do que o mapa.
Me senti acuada, mas eles apenas me observavam de canto de olho. Também pareciam estranhar a minha presença por ali.
Os que não percebiam minha passagem, papeavam distraídos, muitas vezes abraçados uns aos outros ou andando de braços dados — num clima de camaradagem, nada a ver com pegação.
Disfarcei e fiz a panorâmica abaixo quando cheguei à uma praça.
Me senti ilhada. Aí imaginei que as outras mulheres estariam em casa, batendo cabelo e se divertindo com amigas, libertas do hijab e das roupas fechadas que são obrigadas a usar (às vezes desde pequenininhas) para sair à rua.


Música, maestro!
Vou dar um pause por aqui porque ainda tenho muuuito que contar e mostrar, então este post terá sequência – pode voltar logo mais!!!
Mas, calma que não esqueci de compartilhar a música escolhida para resumir meus loucos e apaixonantes dias em Kuala Lumpur.
É uma melodia simples, conhecida, só que executada de uma forma totalmente diferente. E a sonoridade dessa banda me remete ao contraste entre a beleza estática da arquitetura e o movimento nas ruas, com a natureza igualmente vibrante ao redor.
Até já já!
Beijos, Prats
2 Replies to “Entreorelhas – Kuala Lumpur”