Porque não fui pra Conchinchina

Eu bem que tinha planos de conhecer o Vietnã de norte a Sul até chegar à antiga capital da Conchinchina, ou seja, de Hanói a Ho Chi Mihn, passando pelas cidades de Hoi An e Nah Trang…

Mas fiquei um tanto frustrada nos meus primeiros deslocamentos pelo país e preferi “estacionar” na ilha de Cat Ba em vez de fazer pinga-pinga. Então, às vésperas do vencimento do meu visto, eu ainda não havia decidido o próximo passo.

boats-vietna

Bom, como o nome Conchinchina tem uma pegada ‘vintage’, resolvi solucionar o mistério que levantei nopost anterio adotando o mesmo estilo. Assim:

Em vez de percorrer o país até chegar à cidade outrora conhecida como Saigon, deixei meu rincão na região da Indochina para vir conhecer o fascinante Ceilão. Perfeitamente, caros leitores, vos escrevo estas mal traçadas linhas instalada no país atualmente conhecido como Sri Lanka!

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Da maior ilha da baía de Halong para a “ilha resplandecente” (tradução de Sri Lanka em sânscrito), mantendo o conceito de passar mais tempo nos lugares. Tenho muitos desafios pela frente e nenhuma referência sobre trabalho remoto a partir daqui.

Mas Cat Ba também nunca foi um lugar popular para isso e deu certíssimo. Lá entendi porque vários nômades digitais mencionam a tal da #islandlife nas postagens.

Foram 10 dias tranquilos, cercada de inspiração por todos os lados – não resisto ao quase trocadilho – com o bônus de melhorar minha produtividade e qualidade de vida.

soccer-on-the-beach
#islandlife

Aquela sensação de estar no meu canto no mundo bateu novamente e percebi que não tinha a ver com um lugar específico, e sim, com a configuração Paz + Natureza +Liberdade + Segurança.

E até um pouco de rotina.

sunset-catba-islandTodas as manhãs, os meninos da recepção me cumprimentavam com o habitual “Sim Chào” e perguntavam, sorrindo, se eu iria renovar a estadia.

Isso porque eu bookei apenas dois dias e fui ficando, ficando… ficando BEM acostumada!

green-catbaNada como encerrar um dia de trabalho e assistir ao pôr de sol. Jantar sob a luz de lanternas coloridas, tomando uma cervejinha (mais barata que água), papeando e ouvindo boa música no Green Cat Ba ali em frente.

Depois voltar pra dormir… e Repetir.

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Além disso, fiquei milionária sem apostar na loteria porque cada milhão na moeda local equivale a R$ 180.

A simplicidade à minha volta tornou a experiência ainda mais rica, no melhor sentido da palavra.

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Por falar em experiência, me dei ao “luxo” de ir a um salão de beleza e testar o corte da hair stylist local.

O melhor de tudo aconteceu numa espécie de divã, onde a mocinha lavou meus cabelos e rosto, depois fez uma massagem super caprichada.

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eu curiosa com o trabalho das meninas no salão e o gatinho (embaixo do banco) curioso comigo

Claro que tive de fazer #welfie com todo mundo e muita mímica.

Mas adorei o resultado!

Uma aparou minhas pontas com técnicas profissionais e a outra deixou minha pele tonificada com uma verdadeira drenagem facial, que fazia parte do pacote sem que ninguém ali imaginasse o que é isso.

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(essa seria a alternativa mais popular para cortar os cabelos: a calçada)

Foi ótimo porque na sequência eu tinha entrevistas agendadas na capital e me senti mais preparada para voltar à civilização, rsrs.

Enfim, não fui parar Conchinchina… mas pude levantar muito material sobre o lifestyle e a moda vietnamita nos 20 dias que passei em Hanói —  e vou compartilhar aqui antes de “abrir os trabalhos” no Sri Lanka.

fernanda-prats-vietna

Beijos, Prats

8 Replies to “Porque não fui pra Conchinchina”

  1. Maravilhosa escolha
    Um país que passou e superou os horrores de uma guerra e é produtor do melhor chá preto
    Um clima fabuloso com dois períodos de monção
    Rios constantes como poucos lugares
    Manda muita foto que a fotógrafa é maravilhosa

    Curtido por 1 pessoa

  2. Até mesmo pelo fluxo irregular, em constante mutação, seu Remote Year vem sendo imperdível! Parabéns, Fernanda Prats! Tudo tem a sua cara e a sua alegria. Se eu tiver que indicar 5 blogs de 2015/2016 indico o seu, querida! Vc abre portas e janelas, rasga véus, e afasta com a mão nuvens negras que oprimem o planeta. 2015 foi um ano para não se esquecer. Graças a você, essa afirmação ganha um sentido positivo! Como esquecer, por exemplo, essa
    matéria sobre Sri Lanka, com as mais belas fotos de viagem que eu já vi. “A VIDA É BELA. E EU TÔ NELA !” – essa é a frase que resume sua itinerância. Obrigada, Fernanda Prats!

    Curtido por 1 pessoa

    1. Uau, Maze. Eu estava indo dormir (já é maus de meia noite aqui) mas depois de ler seu comentário nem sei se consigo! A VIDA É BELA E EU TÔ NELA será meu novo mantra.Com todos os perrengues e pequenas vitórias desse dia a dia itinerante… tento encarar com bom humor, boa energia e muita cumplicidade com quem “viaja” comigo por aqui. Beijos

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