POR FERNANDA PRATS, PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BLOG J&M DE JULIANA ALI
Vários participantes do Remote Year deram “um pulinho” em Bali durante nossa temporada em Penang, por ser fácil e barato viajar pra lá a partir da Malásia.
Bom, vocês já sabem que prefiro pular apenas nas fotos pro Insta… E realmente vivenciar o cotidiano dos lugares pra onde viajo. Então dediquei 30 dias para explorar essa famosa ilha da Indonésia.
Não sabia bem o que esperar de Bali, minhas referências vinham dos amigos surfistas e do livro “Comer, Rezar, Amar”. Descobri que um mês é pouco para desvendar toda a mística que envolve o lugar, mas foi o prazo que meu visto de turista permitia…
De cara, posso dizer que não imaginava o quanto a ilha é imensa. Tive que dividir-para-conquistar, ficando primeiro perto das praias e depois em Ubud, o verdadeiro coração da ilha. O turismo invade todo esse território e faz parte da vida dos locais – que, mesmo assim, são super curiosos com os visitantes e vivem pedindo pra gente fazer selfie.
Primeiro eles tentam fazer negócio com a gente, claro. Ao caminhar pelas ruas, ouvimos constantemente ofertas de massagem, taxi, tours… Mas sempre somos cumprimentados com um sorriso e a possibilidade de umaconversa. Os balineses adoram praticar o inglês e fazem um verdadeiro interrogatório quando recebem atenção.
Quanto ao estilo, não rola o SHOW DE HORROR que mostrei no post anterior. Vi menos hijabs pelas ruas, pois a religião predominante na ilha é o hinduísmo – apesar do país ser muçulmano. Aliás, o dress code religioso é muito bonito e elegante. As mulheres de túnica rendada, kein (faixa) na cintura e sarongue, normalmente com peças coloridas ou contrastantes.
Os homens também usam sarongue, só que na versão masculina, em tons mais sóbrios, combinando com a camisa e a calça, além do Udeng na cabeça (espécie de chapéu cujo acabamento lembra uma dobradura).
É normal vê-los colocando oferendas em pequenos templos no quintal de casa, no comércio e até nas motos. Minha vizinha fazia questão de colocar uma na varandinha onde eu costumava trabalhar, que fofa!
Já os turistas me ofereceram looks não muito fáceis de classificar: algo entre surfer e periguete nas praias…
…Ou entre hippie e hipster em Ubud – muitas vezes fazendo uma (com)fusão desses estilos.
Ah, a maioria usava um colar tipo Mala hindu, pra entrar na vibe.
As vitrines superaram minha expectativa, exibindo muito mais do que peças ripongas ou pega-turista. A diversidade vai de marcas famosas até criações mais modernétchys, que destoam do conjunto.
Pelo que vi, o que faz sucesso mesmo é exibir a pele – muuuitos modelos com costas de fora ou bem soltinhos pra garantir o “efeito oops!” desfilando pelas ruas. Na sequência da lista de desejos geral, estão as peças emtecidos naturais de brands locais como a LULU YASMINE (cuja designer tem raízes brasileiras), HOUSE OF IO/COou BUDDHA WEAR (que é australiana, mas foi fundada em Bali) – além dos acessórios garimpadas pelo mundo à venda na Pallete, que tem uma piscina na entrada.
Com a quantidade de opções, fica difícil acreditar no discurso do desapego que cansei de ouvir no intervalo dayoga ou nas mesas dos restaurantes naturebas.
Ahhh, tá.. Na verdade, ninguém queria abrir mão de nada, apenas adotar um visual calculadamente mais despojado. E, pra “compensar a perda”, adotar também a dieta da moda, o exercício da moda, a meditação da moda… e o detox NOS BOLSOS funciona que é uma maravilha.
Claro que há pessoas que realmente abraçam a simplicidade e elevam o espírito. E, em geral, elas são lindas. Lindas mesmo, não perfeitas ou perfeitamente encaixadas em alguma trend. São pessoas que a gente admira sem saber o porquê. Sem reparar primeiro na roupa ou nos sapatos – por mais que elas sejam estilosas. Nesse caso, o luxo está na naturalidade e auto confiança.
Tive a sorte de conhecer várias pessoas assim durante minha estadia e, ok, também fiz detox. Mas só quando encontrei um spa bacana, com acompanhamento de uma médica de quem me tornei fã.
Fiz um TOP 5 COM MINHAS MELHORES EXPERIÊNCIAS EM BALI, pra quem quiser continuar este passeiopela ilha comigo…
Já estou morrendo de saudades, mas o show a viagem tem que continuar e o Vietnã me aguarda.
Até o próximo post!
Beijos, Prats.