Viajar sozinha envolve muitas tomadas de decisão. Isso é meio angustiante para a libriana aqui, por maior que seja o acesso a informações e dicas.
Com vontade de resolver minhas questões jogando uma moeda para o alto, ver uma notícia sobre a Fontana di Trevi fez tudo clicar em minha mente.
Deixa eu explicar isso melhor pra você?
Bom, sentei em frente ao laptop com o propósito de planejar os próximos passos de minha viagem — só que também com o som alto, a TV ligada no mudo, a água fervendo para experimentar um novo café, um monte de ideias malucas fluindo.
Em vez de pensar de forma prática no próximo destino, orçamento, hospedagem e etc, eu filosofava sobre a dualidade das escolhas.
E seu eu resolvesse no cara ou coroa?
Opa, esse não é o tipo de coisa que eu penso normalmente. A ideia surgiu de forma subliminar, pois havia uma notícia sobre a Itália correndo na linha inferior do noticiário.
Pra resumir o que você já pode ter ouvido falar, o texto era sobre a disputa entre a prefeitura de Roma e a Igreja para ver quem fica com as moedas jogadas por turistas na Fontana di Trevi.
A soma dos valores ‘doados’ pelos viajantes seria de ~USD 4.500 por dia!
Eu mesma contribuí duas vezes com essa famosa superstição, pagando para ver se a atração turística me ajudaria a regressar àquele país tão lindo. E as respostas do monumento foram SIM e NÃO, já que eu só voltei para a Itália uma vez deste então.
Por incrível que pareça, essa ‘dualidade’ de respostas acalmou o turbilhão de pensamentos e me fez reencontrar o foco — ou seja, decidir onde vale a pena investir minhas moedas desta vez.
Acho que as escolhas de viagem precisam ser menos pensadas e mais sentidas.
Elas podem acontecer naturalmente pelo caminho ou, no máximo, rolar uma negociação com quem se está viajando para haver sinergia.
Quando se tem um propósito genuíno, a vontade e intuição são os melhores guias.
Nossas intenções nem precisam se materializar, como moedinhas na Fontana de Trevi — melhor gastá-las nos deliciosos cafés e sorvetes de Roma, você não acha?
E a gente não precisa se desdobrar para fazer tudo que se dizem ser imperdível.
Inclusive, ‘perder’ algumas atrações é uma forma muito mais poderosa do que jogar moedas para nos atrair de volta a um lugar!!!
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Beijos, Prats
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Pratserie, por Fernanda Prats 