Neste primeiro post do ano, faço um ranking muito particular dos melhores cafés do mundo. Top 10 experiências com o “pretinho básico de cada dia” nas cidades do meu itinerário de viagem:

1. HANÓI
Os vietnamitas são os Coffeelovers mais ousados que conheci até agora. Nos cardápios aqui, a gente encontra variações como Eggcafe, Yogurtcafe, Coconutcafe…
Um detalhe delicioso: o leite que acompanha não é o líquido que estamos acostumados, e sim, leite condensado.
Mas aí também vale uma ressalva: muitas vezes esse malabarismo disfarça a má qualidade do café.
O Vietnã é o segundo maior produtor de café do mundo — depois do Brasil – e, infelizmente o país também rivaliza com o nosso na corrupção e gana de “levar vantagem em tudo”.
A adulteração acontece em todas as escalas, desde grãos de variedades inferiores nas sacas até café fake vendido a granel.

2. KUALA LUMPUR
Nessa cidade, o preferido tem a ver com minha teoria do timming. Abre aspas pra filósofa: O café que aparece quando a gente PRECISA de um café… é o melhor café do mundo — pelo menos naquele exato momento.
Então meu eleito de KL é um simples filtrado caseiro, feito com carinho.
Como não dá pra repetir a dose, minha recomendação é o experimentar um dos hits da rede Old Town White Coffee, que se espalha da Malásia para o mundo.
Não é um café gourmet, mas quem resiste à curiosidade depois de ver essa marca por toda parte?
3. BALI
A Indonésia é um dos principais produtores do Kopi Luwat, o café mais caro do mundo.
Na verdade, o crédito da produção deveria ser dado a esta simpática espécie de raposa — conhecida como civet— que se alimenta dos frutos do cafezal e produz fezes valiosas de onde se extrai, digamos, a matéria prima.
Pra explicar de forma simples, o sistema digestivo do animal devolve esses frutinhos intactos à natureza, mas beneficiados com enzimas que elevam a qualidade e conferem um sabor superior.
Esse bicho também é encontrado nas florestas do Vietnã, assim como algumas doninhas e esquilos que fazem um processo similar.
Aí já viu, né?
Os vietnamitas preparam uma versão chingling (muitas vezes adicionando produtos químicos ao blend) e vendem com desconto.
4. SINGAPURA
O café do resort em Sentosa Beach, depois de passar perrengue aéreo na noite anterior, foi o brinde perfeito para minha “virada” de sorte. Claro que era importado – como tudo na cidade – mas como resistir ao espresso da minha marca italiana preferida?!!

5. PENANG
Todos os países da Ásia que estou citando tem legiões de Coffelovers, mas foi em Penang que percebi o quanto o café pode ser trendy deste lado do mundo.
Lá pude degustar bons expressos e lattes, em ambientes dos mais interessantes. Muitas cafeterias temáticas: Vintage, Selfie, Toy, Game… mas o mais inusitado foi descobrir este tratamento para os cabelos à base de café.
6. ISTAMBUL
Por onde começar? Adoro até o jeito que os locais dizem… algo como “tárrquix cáfyii”.
E acho que o café turco é perfeito pra fechar uma refeição substanciosa ou rebater a doçura em excesso dos Turkish Delights.
Sem falar na arte da Cafeomancia, que já mostrei por aqui.
Mas de tradicional, esse cafezinho turco não tem nada: um moderno café prensado a frio que foi oferecido… ah-rããã… na hora certa.
Cheers!
7. CAVTAT
Os melhores cafés que tomei neste lindo balneário da Croácia… vieram da quase vizinha Itália. Foi lá que eu comprei esta linda maquineta e o pó especial para encher de glamour nossa cozinha.
8. LIUBLIANA
Com a onda de calor que fez na Eslovênia, no verão mais quente dos últimos tempos, eu só queria “Iced, Iced, coffee” — parodiando aquela musiquinha dos anos tchuuuuu!
9. PRAGA
Um dos primeiros textos postados aqui mostrava minha cafeteria preferida na capital da República Checa.
Lá, infelizmente, PRECISEI de vários cafés.
Eles foram se revezando na função de melhor-do-mundo-neste-momento pra me reanimar. O susto foi grande, mas, justiça seja feita, não tomei café ruim na cidade. E ainda me diverti vendo os “colegas” baristas trabalharem.
10. PARIS
Um rolê de velô pelo canal Saint Martin, um longo pit stop num bistrô com mesinhas na calçada e… voilá, um bom French Press pra fechar a conta.
Pena que desta vez eu só passei alguns dias na cidade!
Pronto, chegamos ao ponto de partida.
Não esqueço meu evento de despedida no Octávio Café, com tanta gente tomando um cafezinho comigo pra brindar a aprovação no Remote Year.
Trago na mala os guardanapos da cafeteria, com as mais lindas mensagens escritas por meus amigos para desejar sorte nesta jornada.
Isso é que é coffe love!!!
Beijos, Prats
One Reply to “Um Café em Cada Parte”