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Livre, Leve e Um Pouco Louca: Entenda Minha Compulsão por Bicicletas.
Atleta eu? Loooonge disso. Depois de passar a fase das rodinhas de segurança, não avancei muito na técnica – tanto que isso virou texto rápido sobre mim: “Anda de bicicleta como criança e bebe café como gente grande”. O amadorismo nas pedaladas, no entanto, não esfriou minha paixão pelas bikes. Ele até poderia ser uma das causas dessa obsessão… Mas, então, qual seria a explicação para meu não-trauma de infância?

Tenho lá minhas teorias, mas o que eu queria mesmo era usar a palavra bikephilia. Afinal, não é nada complexo. Basta dar uma voltinha para ter uma boa perspectiva. Fico eufórica ao me equilibrar em movimento, com a brisa batendo no rosto, sentindo a liberdade de seguir na direção que desejo. Um sorriso que não desmonta. Vontade zero de parar. E essa sensação volta quando eu olho para uma magrela ou a enquadro em uma foto.

O apelido Magrela também tem tudo a ver. O design de uma bicicleta é tão simples, e ao mesmo tempo elegante, que eleva instantâneamente o grau de estilo das pessoas e lugares envolvidos – pelo menos na minha visão apaixonada! Dá até pra fechar o raciocínio com aquela palavrinha descolada: quando a bike entra em quadro, tudo fica mais lúdico.

Falando sério, estes são exemplos de como o ordinário pode se tornar extraordinário, dependendo do olhar. Não importa se a magrela está em frente à uma loja de grife na Suécia ou estacionada em uma obra no Sri Lanka. Se o look-do-dia é bacana ou a se é a atitude inusitada que torna a imagem interessante. Ou eu invento que isso chama Bikemania, Bike Magia ou Bikephilia, sem saber como expressar o meu amor!

E, já que estou contando das inabilidades que me fazem feliz, preciso confessar outra bizarrice: adoro cantar enquanto pedalo. Então me trasporte mentalmente para uma rua de Liubliana, com acústica sensacional, onde tive a cara de pau de brincar de karaoke, ainda por cima bancando Freddy Mercury. Don’t stop me now!

Em meio às minhas performances musicais na Eslovênia colecionei aventuras divertidas sobre duas rodas: o passeio de bike elétrica pelos vinhedos, uma tarde encorajando uma amiga a pedalar até o workspace e a noite em que voltava de lá tão distraída (cantando, talvez) que só percebi o quanto estava longe ao ver uma placa de estrada para a Áustria – aí a amiga manda mensagem na manhã seguinte, pra saber se rolou uma “steamy session” com algum gato local na madrugada…
mas só suei pedalando mesmo!!!
Aqui, no Sudeste Asiático , as motos são chamadas de bike e as boas e velhas bicicletas perdem vez nas ruas… cada vez mais. O trânsito se multiplica em proporções desastrosas, diminuindo a segurança dos ciclistas e aumentando a poluição – além do perigo para a amadora aqui. Por isso, não tenho pedalado ultimamente. Mas continuo relembrando esses momentos “lúdicos” ao fotografar compulsivamente o meu objeto de desejo… Então me siga no Instagram para ver mais imagens como estas! E, para se inspirar em outras histórias de bikes pelo mundo, super recomendo o livro Diários de Bicicleta de David Byrne..

Até o próximo post!
Beijos, Prats
Edição – Algumas semanas depois de escrever esse post, eu não resisti e acabei adotando uma MTB. Junte a isso alguns acidentes, de leve, e menções na mídia daqui e do Brasil… já me sinto quase uma principiante profissional.
PS – Fora a última foto (de divulgação do filme Comer, Rezar e Amar), todas as imagens são de minha autoria. Isso é compulsão ou não é?
2 Replies to “Bikephilia”