Cobras, oncinhas, zebras, lhamas e agora a vaca malhada dando pinta nas tendências pra 2019. Faltou só o coelhinho peludo daquela velha música dos Titãs, mas quem sabe não rola um ‘revival’… A moda adora uma estampa de bicho e o turismo também tem seus modismos com relação ao mundo animal. Mas será que esse rolê vale a pena?
Primeiro foram os cavalos, seguidos por pôneis fofinhos, para ‘inofensivas’ montarias. E depois os passeios de carroça. Na década de 1970, visitar o Sea World vinha atrelado ao sonho infantil de conhecer a Disney. Quem não podia arcar com a viagem, levava os filhos ao aquário mais próximo onde, talvez, houvesse um leão marinho passando o maior calor para deleite da criançada!
Aliás, outra tendência era levar as crianças ‘de apartamento’ a uma fazendinha para ver bichinhos de verdade, dar de comer, fazer carinho. Um contato mais ‘informativo’, como o que elas teriam em um parque das abelhas, borboletário ou no Instituto Butantan. Mas também seria importante explicar a elas sobre as possíveis crueldades na captura de animais e na obtenção de seus produtos.
Há diversos zoológicos espalhados pelo mundo que demonstram respeito e esforço para a proteção dos bichos. Porém, muitos se tornam atrações turísticas graças a apresentações que não deixam nada a dever à exploração dos animais de circo.
Há quem se disponha a feitos exóticos como afagar um tigre, montar um elefante, assistir uma tourada, navegar entre os jacarés ou comer carne de tartaruga. Eu mesma já tive algumas dessas ‘experiências de viagem’ sem me dar conta de que também teria sido predadora de certa forma. Por isso, procuro não julgar quem se empolga com alguma possibilidade de ‘turismo animal’. Apenas pretendo inspirar os seres humaninhos a pensarem melhor no assunto…
Então novamente pergunto… Será que o turismo animal é tão imperdível assim?
Beijos, Prats
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Pratserie, por Fernanda Prats 
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